Huzzé! Huzzé! Huzzé!
Há momentos que ficam gravados em nossa memória. E na Maçonaria a aclamação fervorosa do “Huzzé!” certamente é um deles.
“Huzzé! é, pois, a reiteração que os Irmãos fazem de sua fé no Grande Criador, que tudo pode e tudo governa. E só através DELE encontram o caminho para a ascensão.”
A Maçonaria, apesar das linguas profanas afirmarem o contrário, é um entidade filosóficamente estruturada e repleta de luz. “É uma associação de carácter universal, cujos membros cultivam a filantropia, justiça social, aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade, é assim uma associação iniciática, filosófica, filantrópica e educativa. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) Lojas, “todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si.”
A Lenda de Hiram Abiff
“A lenda diz que Salomão, querendo fazer de seu corpo um templo digno, pediu a Hiram, rei de Tiro, um mestre arquiteto de obra. Hiram, Rei Consciência, envia e lhe recomenda Hiram Abiff (Mestre Construtor), filho de uma viúva.
Hiram Abiff é designado como chefe supremo dos obreiros para a construção do templo. Estes obreiros tinham diversos graus de capacidade e diferentes talentos individuais. Era, pois, necessário dividi-los segundo suas capacidades para poder aproveitar melhor o trabalho de cada um.
Hiram, como sábio, justo e benevolente, os repartiu em três categorias: aprendizes, companheiros e mestres. Hiram deu a cada um a maneira de se fazer conhecido como tal por meio de signos, toques e palavras apropriados.
Hiram construiu e ergueu no Templo duas grandes colunas bronze, ocas. Determinou que os Aprendizes recebessem seu salário na primeira coluna, os Companheiros, na segunda e os Mestres na “câmara do meio“.
Cada classe de obreiro, para poder receber seu salário, se fazia conhecer pelo esforço e trabalho que havia dedicado à Obra.
O trabalho foi dirigido e executado com sabedoria, ordem e exatidão, segundo as instruções recebidas, e a obra avançou em progresso e elevação rapidamente.
Apesar do número de obreiros, que entre todos eram mais de oitenta mil, e de ser feito todo gênero de obra, não se ouvia nenhum ruído de instrumento de metal.
Durante sete anos ou mais de construção, não houve chuva, porque o templo estava constantemente coberto. Igualmente reinaram a paz e a prosperidade durante a construção do Templo.
Três obreiros da classe dos companheiros, julgando-se merecedores e dignos de serem mestres, e querendo conseguir isso pela força, como acontece com todos os ignorantes, tramaram uma conspiração para se apoderarem, pela violência, da Palavra Sagrada, e de serem reconhecidos como Mestres.
Estes três trataram de convencer outros nove companheiros mestres, mas estes, no último momento, desistiram, porque foram perturbados pelo remorso.
Os três cúmplices ficaram sozinhos, e, urdindo o crime, resolveram obter a Palavra pela força, do próprio Hiram.
Os três aguardaram-no, a quem, por sua bondade, esperavam intimidar.
Escolheram o meio-dia como a hora mais propícia, pois a essa hora Hiram costumava visitar e revisar o trabalho, e elevar suas preces enquanto os demais descansavam. Os três se dirigiram para as três portas do Templo, que naquele momento já estavam desertas, porque todos os obreiros já haviam saído para descansar.
Quando Hiram terminou sua prece e quis atravessar a porta do sul, o companheiro ali postado o ameaçou com sua régua de vinte e quatro polegadas, pedindo-lhe a Palavra e o Sinal de Mestre. Todavia, o Mestre respondeu-lhe: “Trabalha, e serás recompensado!” Vendo a inutilidade de seus esforços, o companheiro ignorante o golpeou fortemente com a régua. E, havendo o Mestre levantado o braço direito para deter o golpe vibrado sobre sua garganta, seu ombro direito foi atingido, paralisando o braço.
O Mestre dirigiu-se, então, até a porta do Ocidente, e, ali, o segundo companheiro lhe exigiu, como o primeiro, A Palavra e o Sinal de Mestre, recebendo a mesma resposta: “Trabalha, e obterás“. Então este companheiro deu-lhe um forte golpe no peito com o esquadro de ferro. Meio aturdido, Hiram dirigiu-se até a porta do Oriente.
Nesta porta o terceiro o esperava. Era o pior intencionado dos três, que, recebendo a mesma negativa do Mestre, deu-lhe um golpe mortal sobre a fronte, com o malhete que havia levado consigo.
Quando os três se encontraram novamente, comprovaram que nenhum possuía o Sinal nem a Palavra; horrorizaram-se pelo crime inútil e não tiveram outro pensamento senão o de ocultá-lo e fazer desaparecer seus vestígios. E, assim, de noite, levaram a vítima em direção ao Ocidente e a esconderam no cume de uma colina, perto do local da construção.
Quando Hiram não apareceu no lugar do trabalho, todos ficaram perplexos, pressagiando uma desgraça.
Terminou o dia, e o Arquiteto não apareceu; então, os nove companheiros, que haviam se oposto à empresa dos três malvados, decidiram revelar aos Mestres o ocorrido. Foram conduzidos à presença de Salomão, que, depois de ter escutado o relato dos três mestres e dos nove companheiros, ordenou aos primeiros que formassem três grupos, cada um deles unindo-se com seus companheiros para esquadrinhar os territórios e regiões do Oriente, do Ocidente e do Meio-dia, em busca do Grande Mestre e Arquiteto Hiram Abiff, e dos três companheiros da Palavra Perdida, a qual nem mesmo Salomão conhecia, e que havia se perdido com o desaparecimento de Hiram.
Durante três dias o procuraram, inutilmente; porém, na manhã do quarto dia, um dos grupos que se dirigia para o Ocidente achava-se sobre as montanhas do Líbano a fim de encontrar um lugar onde pudesse passar a noite; ouviu então vozes humanas numa caverna. Eram os três companheiros assassinos. Estes viram os visitantes fazer os sinais do castigo, sinais que foram adotados depois para os três graus, como meio de reconhecimento.
Os três delinqüentes escaparam por outra saída da caverna, e ninguém depois conseguiu encontrar seus rastros.
Quando regressavam a Jerusalém, na noite do sexto dia (já perto da cidade), um dos três viajantes se deixou cair, extenuado, sobre um montículo. Observou, então, que a terra havia sido recentemente removida, e que dela emanava o odor putrefato dos cadáveres.
Começando a escavar, chegaram a apalpar o corpo mas, como estava escuro, não se atreveram a continuar suas pesquisas. Recobriram então o cadáver e colocaram sobre o montículo um ramo de acácia, espécie de árvore comum, cujas flores e folhas são sempiternas.
No dia seguinte, relataram seu descobrimento a Salomão; este fez o Sinal e pronunciou a palavra, que depois foram usados como sinais de socorro. Em seguida encarregou os nove mestres de verificar se se tratava do Grande Mestre Hiram, e de buscar nele os sinais de reconhecimento, os quais ficaram fixados pelas palavras que foram pronunciadas no momento em que o corpo foi levantado da sepultura.
Assim procederam e, ao verem a fronte ensangüentada, coberta por um avental, e sobre o peito a insígnia do grau, fizeram o Sinal de Horror, que ficou sendo o sinal de reconhecimento entre os maçons. “
Simbologia.
. ‘ . (Três Pontos) Evocação da idéia de Deus
Representada pelo Triângulo ou Delta Luminoso;
Sol
Representado pelo Círculo com um ponto central;
Medida na pesquisa
Representada pelo Compasso.
Retidão na açãoRepresentada simbolicamente pelo Esquadro.
Vontade na aplicação
Representada pelo Malho (ou Malhete).
Discernimento na investigaçãoRepresentado pelo Cinzel.
Profundeza na observação,
Representada pela Perpendicular (prumo).
Emprego correto dos conhecimentos,
Representado pelo Nível.
Poder da vontade,
Representado pela Alavanca.
Benevolência para com todos,
Representada pela Trolha(colher de pedreiro).
Trabalho constante,
Representado pelo Avental.
O dualismo,
Representado pelo Pavimento de Mosaico.(estilo xadrez)
Fontes de Consulta:
Portal Maçônico Samaúma
Wikipedia
OCulta
Loja São Paulo 43
Fraternidade Serrana
Leitura recomendada:
Livro “Fundamentos da Maçonaria” de Joaquim Roberto Pinto Cortez
Editora Madras
Notas do Editor:
Devido a grande e rica fartura filosófica-cultural deste assunto, tomei a liberdade de marcar em “Negrito” todas as palavras e termos importantes para que o leitor em sua busca por um conhecimento maior sobre o assunto possa se guiar nesta jornada.
F.A.C